sábado, 6 de agosto de 2011

Robinson procura limitar conflito a José Agripino

Robinson Faria conversa com Carlos Augusto Rosado, José Dias e Gesane Marinho
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A crise política instalada na base aliada do Governo Rosalba Ciarlini com o pedido de impugnação feito pelo senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, contra o pedido de registro do PSD, partido presidido no Estado pelo vice-governador Robinson Faria, ganhou um novo capítulo. Os seis deputados estaduais do PSD e o vice-governador estiveram reunidos durante uma hora, no final da tarde de ontem, com a governadora Rosalba Ciarlini. O resultado prático do encontro foi o PSD rachado com o senador José Agripino, mas reafirmando a aliança com a governadora.
O vice-governador Robinson Faria confirmou que a legenda que preside traça uma relação política diferente entre os dois maiores líderes do DEM no Rio Grande do Norte. "Não vou dizer que a relação é de rompimento com o senador José Agripino, porque como ele tem um mandato de oito anos. Ele rompe até com Nossa Senhora. Está se sentindo superprotegido porque tem oito anos pela frente", disse.

Robinson Faria afirmou que não se arrepende da aliança feita com a governadora Rosalba, mas deixa claro a mágoa com o senador José Agripino Maia. "Esse grupo (do PSD) foi o que ele foi buscar para se eleger senador em 2010. O PSD é a continuação do PMN que ele tanto se interessou em trazer para votar nele e em Rosalba. Então agora já não presta mais? Só prestava quando era na eleição?", questionou Robinson Faria.

O vice-governador disse que houve quebra de compromisso do senador José Agripino. "Tanto esforço que eu fiz (para eleição dele). Pegue os números do Agreste (a principal região de influência política do vice-governador) e você verá o esforço que eu fiz para dar uma boa votação ao senador José Agripino", destacou.

Para Robinson Faria, o senador do DEM tentou gerar uma crise no Governo ao entrar com ação contra o PSD. "Foi ele sozinho que fez isso. Nem os deputados estaduais foram consultados".

Robinson Faria disse que não tem nenhum temor do PSD ser impugnado no Brasil e não ter tempo. "Não tenho nenhum temor na parte legal, na parte constitucional. Estamos no cumprimento das normas jurídicas. Foi tudo feito na maior perfeição. Esse negócio de falar das atas... Pegue as atas do DEM ou do PMDB e verá que a linguagem é padrão. Isso aí é algo muito primário de querer intimidar o nosso partido", afirmou.

Bate-papo

Robinson Faria » Vice-governador e presidente estadual do PSD

Como o senhor avalia a reunião da bancada do PSD com a governadora?

O balanço é de tranquilidade. Não há nenhuma crise da bancada com a governadora. Vieram os seis estaduais. Fábio não veio, mas eu represento, já que ele está viajando. Viemos na integridade e todos falaram uma só linguagem, um só sentimento em que ficou claro que esses últimos acontecimentos proporcionados pelo presidente do partido, senador José Agripino, não abala, não afeta nossa relação política e administrativa com a governadora Rosalba. Deixamos claro isso para ela. A normalidade permanece e que o projeto político nosso é o mesmo do início do governo, até mais fortalecido agora com a chegada do deputado Gustavo Carvalho e outros que virão para se somar ao PSD.

Qual a postura do PSD do Rio Grande do Norte em relação ao senador José Agripino Maia?

Eu prefiro falar por mim. Minha postura é de total indignação. Isso aí eu não vou recuar. Acho que não merecia a natureza das ações que ele entrou contra o PSD. Como presidente sou responsável pelo PSD para responder juridicamente, muito embora todos tenham sido atingidos. Acho que foi de uma virulência muito grande as ações. Extrapolou o lado de uma logística um pouco mais racional, para algo de caráter pessoal porque ele me acusa de distribuição de cestas básicas. Até porque, e ele sabe disso, o partido está com uma aceitação enorme, não há necessidade de simpatizantes em troca de favores. O partido não tem a necessidade desse tipo de recurso para acontecer nos municípios. Ele me enquadrou em dois tipos de delito que foram muito pessoais e não estão acontecendo nem nos demais Estados. O mais estranho de tudo isso é a falta de desarmamento de espírito dele. Esse grupo foi o que ele foi buscar para eleger senador em 2010. O PSD é a continuação do PMN que ele tanto se interessou em trazer para votar nele e em Rosalba. Então agora já não presta mais, só prestava quando era na eleição? Esse grupo já não é tão interessante? Ele está tentando nos tirar o direito de ter uma legenda no Rio Grande do Norte para continuar nossa caminhada e fortalecer Rosalba. Ele quer tirar esse direito nosso. Ele não reconhece que há pouco tempo fomos eleitores dele? Esse mandato de oito anos dá o direito de ter o desprendimento ou o dever de ter o desprendimento e nessa hora ser um diplomata, procurando harmonizar. Ele está tentando provocar um racha no sistema de Rosalba. Mas ele não vai conseguir porque nós separamos e entendemos que a governadora Rosalba não teve nenhuma participação nesse episódio. Está claro que ela não teve participação, nem os deputados do DEM foram escutados. Foi algo unilateral do senador José Agripino, o que evidencia sua má vontade conosco.

O senhor se sente traído pelo senador José Agripino?

Eu sinto que houve uma grande ingratidão da parte dele com Robinson e dos demais companheiros do PSD que eu levei para votar nele.
 
 
Fonte: Tribuna do Norte

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