quarta-feira, 13 de abril de 2011

Robocop em São Paulo? Políciais vão usar óculos com câmera que identifica suspeitos.


Óculos especial com câmera acoplada identifica suspeitos em aglomerações de pessoas

Câmera em óculos de policiais de São Paulo poderá identificar suspeitos à distância

por Leandro Meireles

 

Quem tem idade para se lembrar do Robocop deve ser recordar daquelas cenas nas quais o robô policial identificava bandidos por meio de um sistema informatizado em seu visor. Essa tecnologia pode chegar às ruas de São Paulo em breve, com um óculos de biometria facial que está sendo testado pela Polícia Militar do Estado.

A nova ferramenta tem uma câmera especial acoplada que registra imagem das pessoas em grandes aglomerações e checa, em um banco de dados da polícia, se a pessoa tem ficha criminal ou se é procurada por algum crime anterior. Se a face da pessoa estiver no banco de dados, um pequeno quadrado vermelho na lente do óculos irá identificar o suspeito e alertar o policial. 

"É algo discreto, porque você não interpela a pessoa, não pede documentos. O computador faz isso", explica o major Leandro Pavani Agostini, do 2º Batalhão de Choque, em entrevista ao jornal 'O Estado de S. Paulo'. De acordo com o policial, a câmera pode identificar suspeitos pelo rosto em um raio de até 50 metros, mas pode ser adaptada para funcionar em uma distância de até 20 quilômetros.

Os usos para este tipo de equipamento devem ser bem variados. Ele pode ser usado em eventos com grande concentração de pessoas, como shows e jogos de futebol, mas também para controlar pontos de acesso que recebem muita gente, como aeroportos e rodoviárias. 

Em 2010, a Tropa de Choque da PM de São Paulo já havia testado o aparelho durante uma simulação de atentado no Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, como parte dos treinamentos de segurança para a Copa do Mundo no Brasil, em 2014.

Biometria facial
A biometria eletrônica é a medição automática de características de qualquer indivíduo. Nas câmeras de biometria facial, o rosto de qualquer pessoa é analisado por computadores em 46 mil pontos diferentes. Cada ponto tem um característica diferente e é comparado com um banco de dados previamente atualizado. Quando o número de pontos iguais é grande o bastante, o banco de dados faz a identificação da pessoa.

 

 

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