terça-feira, 26 de julho de 2011

Dez vítimas da explosão estão internadas no HWG


Francisco Camilo uma das vítimas da explosão na feira
Francisco Camilo uma das vítimas da explosão na feira

O acidente ocorrido na manhã do último domingo em função da explosão de um botijão de gás feriu 23 pessoas, entre feirantes e fregueses. As vítimas foram encaminhadas para o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Até o final da manhã de ontem, dez pessoas ainda se encontravam internadas na unidade, entre elas um menino de 11 anos de idade. Ontem, técnicos da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) vistoriaram a feira das Rocas e anunciaram a suspensão do uso deste combustível até que o Corpo de Bombeiros se pronuncie sobre este tipo de procedimento.

De acordo com o chefe do CTQ, médico Enílson Carlos de Souza, as vítimas que permanecem no hospital apresentam quadro de saúde grave, apesar de estável. "As vítimas têm queimaduras de primeiro e segundo graus. Os pacientes estão estáveis, no entanto, os casos são considerados sérios e devem ser observados, uma vez que podem evoluir para quadros de insuficiência renal, por causa da perda de líquidos, e infecção", informou.

Na avaliação do médico, o tempo médio que os pacientes devem permanecer na unidade é de uma semana. "Esse período pode se estender para trinta dias, se algum caso evoluir para queimadura de terceiro grau", disse. De acordo com os cálculos do profissional, as queimaduras atingiram entre 40% a 60% do corpo dos feridos, se concentrando nos membros superiores, inferiores e face.

Entre os tratamentos dispensados às vítimas no CTQ estão os procedimentos de desbridamento (curativo cirúrgico), feito no momento em que os feridos deram entrada na unidade; troca de curativos com anestesia; fisioterapia e acompanhamento psicológico. "Eles estão recebendo atendimento multidisciplinar", declarou o médico, explicando que, com a chegada dos feridos na explosão da feira, os 25 leitos do CTQ do HMWG estão ocupados.

Exprosão

A explosão ocorreu na manhã do domingo passado e forçou a hospitalização de 23 pessoas. As informações repassadas pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Militar dão conta que a explosão partiu de um carro onde se vendia frituras. O derramamento de óleo intensificou os ferimentos.

De forma imediata, ambulâncias do Samu e do Corpo de Bombeiros foram acionadas para o deslocamento das vítimas para o pronto-atendimento do hospital Clóvis Sarinho. O acidente ocorreu por volta das 10h30 da manhã do domingo e gerou uma grande bola de fogo, atingindo a população e causando pânico nos moradores.

Ferido relata detalhes do acidente

Ferido durante a explosão do botijão na feira em Cidade da Esperança, o feirante Francisco Camilo sofreu lesões no braço esquerdo e nas duas pernas. Com queimaduras de primeiro e segundo grau, ele conta que não esperou o socorro do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) e se deslocou sozinho rumo ao Hospital Walfredo Gurgel.

"A dor era tão intensa que eu não consegui esperar por ninguém. Peguei meu carro e fui direto para o hospital", relata, sentado na calçada de sua casa, localizada na rua Rio Grande do Sul, a poucos metros do local do acidente. Ele, que havia ido à feira para lanchar, conta que correu assim que ouviu o estrondo. No caminho para casa, viu outros feridos sentados nas calçadas, a espera de socorro. "Foi uma cena horrível", resumiu. De acordo com ele, a utilização de botijões de gás em feiras deveria ser proibida pela fiscalização. Como alternativa a este recurso, ele sugere o uso de fogões de carvão. "É mais viável para esse tipo de ambiente. O problema é conscientizar os trabalhadores de que desta forma é mais seguro", disse ele, que deverá ficar afastado do trabalho por cerca de oito dias, até se recuperar dos ferimentos.

Confira a lista das dez pessoas que estão internadas no HWG

• Rodrigues Firmino da Silva (20 anos)

• Dhenifer David Soares Silva (17 anos)

• Crislane Silva da Apresentação (19 anos)

• Bruno Rocha da Silva (19 anos)

• Maria Selma da Rocha (45 anos)

• Vanderlene Marcelino da Silva Cruz (28 anos)

• Cynira Catarina Silva da Rocha (22 anos)

• Samuel Cardoso da Silva (29 anos)

• Miriam Lima Rocha (21 anos)

• O menino A.A.O. de 11 anos de idade.
 
 
Fonte: Tribuna do Norte

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