terça-feira, 14 de junho de 2011

Vídeo feito pela polícia mostra rendição de sequestradores no DF

Dois homens mantiveram quatro mulheres reféns por seis horas em Brasília, polícia Militar gravou momento em que eles deixaram a casa na Asa Sul.

Do G1 DF


O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) registrou em vídeo a rendição dos dois homens que fizeram quatro mulheres reféns na manhã desta terça-feira (14) em uma casa na Asa Sul, em Brasília. O vídeo mostra o instante em que eles deixam a casa e, algemados, são colocados em um carro de polícia (veja ao lado). Duas reféns deixam a casa antes de o primeiro sequestrador deixar a residência.
Um dos bandidos saiu da residência com o rosto coberto. Segundo a polícia, os dois já tinham passagem pela polícia por homicídio e roubo. Um deles era foragido da Justiça e o outro estava em liberdade condicional.

Os dois homens, identificados como Adelino de Souza Porto, de 57 anos, e Bruno Leonardo Vieira Cruz, de 29 anos, pretendiam realizar um sequestro-relâmpago, afirmou o chefe de comunicação da Polícia Militar, major Adriano Meirelles.

O tempo inteiro os reféns estavam sob ameaça de arma de fogo. O momento mais crítico das negociações foram os primeiros 45 minutos e também após eles começarem a consumir drogas dentro da casa"
 
Tenente-coronel Juarez Teixeira, da Polícia Militar
Segundo ele, os dois homens tentaram render o dono da casa quando ele deixava o imóvel. A intenção era levá-lo para fazer saques em caixas eletrônicos.

A tentativa de sequestro-relâmpago, porém, foi frustrada por dois pedreiros que trabalhavam em uma obra perto da casa e viram a ação dos criminosos e por vizinhos, que chamaram a polícia.

Quando os policiais chegaram ao local, o dono da casa conseguiu de desvencilhar dos sequestradores. Os dois homens fizeram então de refém uma freira amiga da família que estava nas proximidades da casa.

"Os dois infratores entraram na casa e queriam sair com um rapaz [o dono do imóvel] para fazer saques. Na saída, uma senhora que estava na porta [da casa] também foi interceptada", declarou Meirelles.

Negociação

Enquanto ainda negociavam a rendição, os dois homens libertaram duas reféns – uma mulher grávida de seis semanas e uma freira. A grávida foi levada para um hospital e, de acordo com os médicos que a atenderam, ela e feto passam bem. Ela ouviu o coração do feto pela primeira vez durante o exame de ultrassom a que foi submetida após ser libertada.
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Segundo a direção do hospital, ela ouviu pela primeira vez o coração do feto ao fazer um ultrassom. A freira, por sua vez, passou mal ao sair da casa e teve de ser carregada até uma ambulância.

Durante a negociação, a polícia cogitou a possibilidade de usar a força para tentar resgatar os reféns. Segundo o major Adriano Meireles, da Polícia Militar, a situação era de alto risco" porque os dois homens eram "homicidas com vasta ficha criminal". De acordo com ele, os sequestradores tinham armas e usaram drogas enquanto mantinham os reféns na casa.

"O tempo inteiro os reféns estavam sob ameaça de arma de fogo. O momento mais crítico das negociações foram os primeiros 45 minutos e também após eles começarem a consumir drogas dentro da casa", afirmou o chefe das negociações, tenente-coronel Juarez Teixeira. Apesar disso, segundo ele, as reféns não sofreram agressões físicas.

Indiciamento

O delegado Watson Warmling, da 1ª Delegacia da Asa Sul, classificou os homens responsáveis pelo assalto como "perigosíssimos". Segundo o delegado,os dois serão indiciados por roubo triplamente qualificado, devido ao porte de arma, restrição de liberdade e por ser mais de uma vítima.

Também será pedida a regressão da pena, para que cumpram o resto da pena a que haviam sido submetidos em regime fechado.

Warmling informou ainda que as primeiras informações indicam que os dois já atuaram juntos antes e que haveria apenas um revólver calibre 38 com eles.

Duas das cinco vítimas do assalto já foram ouvidas e uma terceira prestava depoimento por volta das 19h. A expectativa do delegado é ouvir todas ainda nesta terça-feira.

Fonte: G1

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